quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Memorias do ano de 2011

O ano de 2011 foi atípico, um ano que não correspondeu as expectativas do que foi semeado e cultivado durante todo ano de 2010, a lavoura que estava pronta, esperando apenas o golpe do ceifador, se perdeu ainda em janeiro.

2011, ano dos compromissos não cumpridos: Anos das amizades perdidas, das dividas não pagas, dos cheques devolvidos, do insucesso nas iniciativas comerciais, da perda da confiança nas pessoas que mais acreditávamos.

2011, ano que tinha tudo pra dar certo: o ano que poderíamos ter colhido uma excelente lavoura, e mesmo que o fantasma do insucesso profissional, tenha se mantido a espreita, os louros colhidos em 2010 certamente nos manteriam acalentados.

2011, o ano dos segredos revelados: O ano em que, sem querer, descobrimos que, de nada vale nossa autoconfiança, se o universo e os poderosos conspiram contra os nossos sonhos e anseios; que a traição é inerente ao ciúme e ao amor e que o insucesso profissional reflete no casamento e em todas as relações familiares.

2011, foi o ano em que a queda de um representou a ascensão de outro, e que descobrimos que quem esta subindo a ladeira jamais quer estar perto ou se escorar em quem esta descendo, é sem duvida incoerente. Mesmo que seja nossa esposa.

2011, foi um ano atípico, um ano de total inércia, de refluxos, onde nem a nossa obstinação foi suficiente para nos manter firmes na busca de novos horizontes, de lutar pra construir novos espaços e novos rumos para as nossas vidas.

2011, foi um ano de provação e de tropeços, de vontades e desejos sufocados, de solidão, de angustia e dor, foi um ano de desatinos e incoerência, foi um ano de cor sombria onde fomos tocados pela insensatez.

2011, foi um ano que nos faltou juízo. Onde nossas decisões foram erradas pois estavam comprometidas com falsas promessas, meias verdades, em apego a ilusões criadas pelas nossas mentes saudosistas e inconformadas com as perdas.

2011, foi realmente atípico, foi um ano em que nos tornamos reféns, foi um ano de engolir sapos, de engolir as frases de soberba e de auto afirmação proferidas em 2010 quando tudo estava bem.

Assim, quando analisamos 2011, partindo de uma lógica que pondera apenas os aspectos ruins de 2011, certamente encontraremos “n” motivos pra dizer que o ano que finda em poucos dias, foi um ano de fracassos e desilusões, principalmente quando em nossas vidas, ele representou o refluxo se considerarmos os sucessos e vitorias de 2010.

No entanto, quando enxergamos 2011 sob uma logica proativa:

2011, também foi um ano atípico se considerarmos que, apesar das turbulências nós fomos capazes de nos reaproximar das nossas famílias de sentir a presença e o apoio das pessoas que realmente nos amam.

2011, foi um ano de reflexão, neste ano fomos capazes de perceber por nós mesmos, que o mundo e o sucesso de 2010, nos aproximaram de pessoas de todo tipo, e que muitas vezes nos afastamos daqueles que são realmente nossos amigos, assim, neste ano foi possível separar o joio do trigo.

2011, foi o ano que nos permitiu enxergar que nós não somos auto-suficientes, que nós não somos os donos da verdade, que nós não somos perfeitos e nem inteligentes o suficiente para não sermos enganados. Assim precisamos estar ao lado de boas pessoas, nossa familia e principalmente daqueles que tem mais experiencia de vida que nós.

2011, foi o ano onde foi possível percebermos que fomos e somos apenas “peças num jogo de xadrez”, que os interesses são muito maiores do que fomos capazes de perceber e que, no fundo no fundo, também fomos, no passado, marionetes de poderosos manipuladas no jogo do poder e descartadas quando não somos mais necessários.

2011, foi o ano em que percebemos quem são nossos verdadeiros amigos, pois esses, estiveram o tempo todo nos apoiando na adversidade de 2011.

2011, foi o ano em que percebemos que o mundo gira e que a falta de dinheiro e poder nos coloca ao lado de todo mundo, foi o ano de percebermos que nossas decisões e caminhos poderiam ser mais amenos se a soberba e o excesso de auto confiança, não nos tivessem dominado.

2011, foi o ano em que nós tivemos de pedir piedade, de nos aproximar de Deus e de retornamos a casa de nossos Pais.

Enfim, 2011, pode não ter sido nada disso pra muita gente, no entanto, peço que reflitam nestas palavras... pois apenas ponderando os nossos erros e acertos nos anos que já passaram é que poderemos construir um 2012 muito melhor pra todos nós.

Um comentário:

  1. Esperamos que sim meu nobre... esperamos que sim.
    Que as águas passadas realmente não movam mais moinhos.
    Aguardemos!
    Abraços.

    ResponderExcluir