sábado, 11 de fevereiro de 2012

Indignar-se é um começo?

A arte de indignar-se...

não é apenas pelo propósito de manifestar os nossos descontentamentos, seja com o "status quo", seja com as pessoas que estão no poder, seja com o emprego, com o desemprego, seja com os nossos próprios sentimentos enfim...

Indignar-se pelo único e exclusivo propósito de manifestar nossa raiva é um ato incompleto.

Indignar-se deve exprimir além de um desejo de mudança mas também, aliada a construção desse processo com uma atuação firme e resignada.

MUDAR, não é um ato isolado. Toda revolução social implica em uma revolução pessoal, pois o individuo é a base da sociedade, destruir os alicerces do que é o objeto de nossa insatisfação.

Na Bíblia Sagrada muito se fala em "morrer para adão e renascer em Cristo", esse é o principio do novo homem. Do homem capaz de construir novos alicerces. Não se revoluciona a sociedade, não se transforma um poder politico-administrativo se continuarmos sendo e vivendo o "homem Adão".

O Grande erro do Socialismo foi esse... o Sistema capitalista foi esmagado no nível sócio-político e econômico. Mas o velho homem continuou existindo, e no intimo continuou querendo o velho poder. a velha supremacia. A ditadura economica transformou-se na ditadura do partido único. e os benefícios maiores continuaram sendo distribuídos entre poucos.

Li certa vez um texto que dizia que “estamos aqui agora, não pelo que estamos vivenciando hoje, nem pelo futuro que virá... estamos aqui agora, do jeito que estamos pelos caminhos percorridos do passado que nos trouxeram até aqui”.

Perfeito, é isso ai... Se estamos bem é porque os caminhos que percorremos estavam corretos, se estamos mal é porque nem tudo foi correto, nem tudo foi certo. O livre arbítrio nos impõe escolhas e elas nem sempre são as certas. Nos cabe então, reconstruir, mudar a rota, rever as opções e as escolhas feitas... Indignar-se e a partir daí mudar. Nós podemos fazer isso. É um direito nosso, é uma dádiva de Deus.

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