quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quem se lembra do Sasá Mutema?

Seria muito fácil se pudéssemos dizer que temos o nosso Sasá. Mas não é bem assim, pois, se me recordo pelo menos aquele era bem intencionado e tinha uma amiga professora que durante algum tempo lhe orientou bastante.
Marabá é uma cidade cheia de nuances, cheia de historias e estorias...
Foi-se o tempo de nossa Marabá pequenininha, onde todos se conheciam, onde rolava muito dinheiro dos castanhais.
Marília Emi, Prof. Dra. da em Ciência Politica da UFPA escreveu um livro sobre a Oligarquia Tardia dos Castanhais. Neste livro muitas famílias foram citadas, muito de nossa Historia foi contada, Historia que muitos de nós marabaenses, não conhecemos. Naquela época nos dividíamos a politica a partir das famílias, Família A contra Família B e C... etc. E naquela época já não existia espaço para os Sasás. Hoje sem os castanhais, com as famílias quebradas, pelo menos, a maior parte delas. O Poder é dividido de outra forma. O dinheiro ainda pesa, mas os sobrenomes, nem tanto. Assim, pesa pra uns e/ou pra outros poucos daqueles velhos senhores e senhoras que nutrem e alimentam o apego no passado, no nosso passado.
Se tenho saudade ou não, não posso dizer. Pouco vivi daquela época.
O Hoje, que tanto interessa a todos nós é uma realidade muito diferente, muito mais complexa é demograficamente mais difícil.
O Jogo do poder em Marabá é anômico, ainda assim. Uma cidade como a nossa... de importância tamanha na economia, na politica, na historia de nossa região ainda tem uma classe politica pequena, tola e cheia de vaidades. (não todos logico). O Peso de nossa divisão politica e das nossas vaidades compromete a nossa representatividade nos fóruns maiores onde as grandes decisões são tomadas. Desta forma nos permitimos eleger representantes errados, para as instancias erradas... nos permitimos eleger pessoas que não dispõe de conhecimento para discernir sobre as coisas de verdadeira importancia, que não possuem as condições técnicas para pensar uma Cidade do futuro, uma cidade sustentável em todos os aspectos. elegemos pessoas que pensam no rame rame, isto é, no asfalto de hoje e na obra de amanhã.
Os planos ficam no papel, so pra compor legislação pra financiar mais asfalto, mais obras de impacto. Mas asfalto sem drenagem e saneamento é porcaria. As ruas alagam, mas e dai! quem se importa?
A grande verdade é que as vezes a cabeça do povo encana e ai, ninguém consegue enxergar mais nada... acabamos elegendo os mutemas da vida.

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