terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Um Conto de Abaram: Estoria de um reino na Amazônia

Por:
Benedicto Arueira Neto

I
Contextualizando Abaram


No reino de Abaram estava por vir a reinar o jovem Rei Adnarim, que assumiria o Trono após a morte de seu tio Osolev I que por uma fatalidade do destino não possuía filhos dispostos e aptos a governar.

Abaram estava um caos, pois, durante a doença do velho Rei Osolev I, sabendo que ele mesmo não possuía mais a força necessária para controlar seus Barões ávidos por dinheiro, estes já não cumpriam mais seus desígnios. A única solução encontrada para satisfazer a ganância da nobreza e evitar uma guerra civil, foi distribuir os poderes entre o baronato de forma a garantir que Osolev I pudesse morrer em paz e aguardar o retorno de nosso protagonista o Principe Adnarim.

Os Barões enriqueciam cada vez mais, os impostos aumentavam diuturnamente, humilhando ainda mais o sofrido povo de daquele reino, que padecia de fome, de doenças e das mais elementares necessidades.

Após o falecimento do bom rei Osolev I, a quem mais tarde o conselho de justiça, proclamou culpado por todas as atrocidades cometidas pelo Baronato durante esse período conturbado. Por direito de consangüinidade assumiu então o Trono do Reino de Abaram o Jovem príncipe Adnarim.

O Rei Adnarim demonstrava desde menino, sua aptidão para mandar, era um jovem de pulso firme, centralizador na boa forma do Absolutismo real, dinâmico e empreendedor, conhecia os problemas do reino, não por amor ao povo, mas por ganância mesmo (era empreiteiro).

Jovem estudado e versado nas artes da Administração, Construção e Direito Legal nas melhores Universidades do Reino e dos países vizinhos, teve como seu principal mentor, o próprio pai, o Barão Ar – rezeb, que estava no exílio, servindo o Imperador Nosbor II, um conquistador Árabe, conhecido pelo seu extremo bom senso e sabedoria. (não se sabe qual o motivo de mantê-lo sob seu julgo, muitos dizem que sua primeira esposa era irmã da esposa de Ar-rezeb).

A personalidade de Adnarim era uma pizza dividida em parcelas desiguais, um pouco de conhecimento intelectual, um pouco das experiências de suas viagem pelo mundo e ainda uma parte herdada de seu pai.

De seu pai o novo Rei herdou o egoísmo, a soberba, a falta de humildade e muitas vezes, esta falta de humildade levava a intolerância e a desumanidade. Poderíamos dizer, portanto, que o rei era uma pessoa bastante difícil (possuía o complexo de ser Deus).


Entre suas primeiras ordens, a principal foi retirar todos os privilégios dos Barões, sabendo que na verdade era boa parte dos Barões que haviam praticado toda sorte de irregularidades durante a doença e morte de Osolev, mesmo assim os impostos não caíram nem os benefícios apareceram pra quem precisava! –Aproveitou pois, o Rei e fez uma reforma considerável em seu “Staf” administrativo , decapitou os mais desonestos e os substituiu depositando sua “confiança” em burgueses que o serviam antes do trono, na administração de suas empresas, Deixou um pequeno grupo da administração anterior que por sua vez lhe eram convenientes dada a relação com o SENADO, pasmem! Havia um Senado em Abaram.


Eram 13 os senadores, geralmente, ou melhor, anteriormente, os Reis sempre governavam com o apoio do senado, mas dada a postura de Adnarim, que como sabemos, era extremamente centralizador, este pelo contrario, desprestigiou o senado , principalmente quando o presidente era Al Arier-ref marquês da Ponta da Serra, que embora aliado de Adnarim possuía uma postura independente pro Império.

Al Arier-ref marquês da Ponta da Serra, tornou-se presidente do Senado a contragosto do Rei, contrariando sua vontade de eleger o Senador Mesed “o Madereiro” amigo pessoal do Rei desde a juventude, com quem possui negócios outros e àquela altura dividia o seu Harém. Ainda que com um relacionamento difícil o Rei ainda exercia um certo domínio sobre Al Arier-ref, pois permitira inteligentemente que Al Irufac “O reflorestador”, filho de Al Arier-ref Permanecesse com seu titulo de Barão do Ambiente. Este jovem havia provado ao próprio Rei e ao Senado, a sua competência de Gestão do Ambiente quando criou o Imposto sobre os que se utilizavam dos recursos naturais e/ou poluíam o reino, uma medida que cobrava apenas dos ricos e dos que abusavam das festas orgásticas perturbando a paz do reino. Medida que agradou as camadas mais simples.

Assim como Al Irufac “O reflorestador” outros barões e baronesas também, e de forma mais explicita até, eram instrumentos de dominação que o Rei utilizava para tentar manipular o senado, Aitak a “Educadora” era irmã da Senadora Ocirema “a raivosa” aliada desde muito cedo de Adnarim, prima de O - asliw “o ambíguo” (aquele que ninguém sabia se era homem ou mulher) que exercia o cargo de Barão da Cultura e dos Esportes.

Deu pra perceber então, que no reino de Abaram, o titulo de Barão era Dado a todos os que exerciam uma tarefa na administração do reino (geralmente cidadãos de boa formação podendo ser burgueses ou nobres), que auxiliavam o Rei na administração do reino, eram um total de 23.


Esta estrutura política tornava o reino único, pois era uma estrutura administrativa diferente das outras monarquias. Assim, muitos analistas internacionais, adotaram um termo criado pelo jornalista Luis Inácio, para referirem-se ao reino, este era: “Monarquia Absolutista pré- democrática”.

Acontece que o Velho Rei Osolev, havia feito um testamento onde determinava a mudança da estrutura administrativa do reino e este testamento estava desaparecido, sob a guarda de um senador Otileu – gim “o Orgástico” e este so iria usá-lo para beneficio próprio, com o testamento chantageava o rei e obtinha dele os seus favores.

6 comentários:

  1. Leitores,

    Sei que os textos de blog não devem ser muito longos, mas no caso deste conto não da pra ser breve.
    espero que gostem

    Antonio Rosa

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  2. Como sou testemunha da história de Abaram, embora filho do Reino de Oah-naram, consegui identificar todos os personagens, estes ainda bem vivinhos e prontos para se vingarem do cretino cronista.

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  3. Smalla'Alik! Bis mil lahir rahmanir rahim. I yaca na’budu wa i yaca nassta’in!

    Abaram é um reino com ricas alegorias, Mash’Allah!
    O conto é interessante, mas não diria Balêch, Insha’Allah! Interessante o título de Otileu-Gim “O orgástico”, por mil camelos! Lech hek?

    Quando chega o prosseguimento da estória?
    Shuff! Há que trazer os adornos dos balaústres nos próximos episódios, pois me faltaram para completar o cenário imaginativo do reino de Abaram, isa bitrid.

    A Leikom Es Salam!

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  4. Maap Sut,

    Breve caro patricio , breve...
    falei hoj mesmo com Benedicto e ele me disse que disponibilizará a segunda parte semana que vem.

    AR

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