segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Às portas do Inferno Dantesco

Segundo Dante, ao adentrar no vestíbulo do Inferno, as almas condenadas deparar-se-ão com esta inscrição ameaçadora e desesperadora:

"Por mim se vai à cidadela ardente,
por mim se vai à sempiterna dor,
por mim se vai à condenada gente.

Só justiça moveu o meu autor;
sou obra dos poderes celestiais,
da suma sapiência e primo amor.

Antes de mim não foi coisa jamais criada
se não eterna, e, eterna duro.
Deixai toda esperança, ó vós, que entrais."


Meu Deus dá medo né? - Por isso como diz certo trecho da Bíblia sagrada do qual não me recordo o autor, nem o capitulo e nem os versículos: "Desenvolvei sua salvação com temor e tremor..."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Decisão de Adnarim e as Articulações da Eleição da Republica de Abaram

Por: Benedicto Arueira Neto (ou como dizem: - "O Jovem Barão")


Abaram estava em festa, os preparativos para o anuncio do candidato real a presidência da republica era motivo de comentários no reino inteiro, todos esperavam a decisão de Adnarim que propositalmente escondia de todos, até dos mais íntimos a sua decisão. Um candidato já Estava definido, e por toda a classe de servos era o real preferido.

Enquanto a nobreza aguardava e se preparava para a grande festa do Rei Adnarim, eram constituídos os Partidos Políticos, essa nova realidade trazia de certo, também uma grande movimentação, pois as articulações eram propicias a todos independente de sua condição de classe ou situação econômica. Os Partidos políticos que foram constituídos em Abaram e seus respectivos representantes:

- O Rei Adnarim criou o PTA – Partido Trabalhista de Abaram; onde foram congregados a maioria do secto de Adnarim;

- PPSA: Partido Popular Socialista de Abaram - que agregava além do Barão da Imprensa Emalas Oaoj, um aliado de Adnarim que recente mente havia sido constituído Senador do Imperio e que concorria as graças de ser o candidato do Rei;

- PDTA: Partido Democrático Trabalhista de Abaram que agregava Al Arier ref Senadora , Al Irucaf ex – Barão reflorestador e Macujopi Olati Principe da Produção Industrial que era parente distante de Adnarim e que também concorria as suas graças;

- PTVA: Partido do Trabalhador Vermelho de Abaram – neste partido era congregado toda a esquerda republicana e comunista do reino, tinha como representante máxima a Senadora Imperial Netac Net Etedanreb também conhecida como Baronesa Vermelha;

PSCA: Partido Social Cristão de Abaram que congregava os aliados do ex- regente o Marques de Nova Morada Seah-lagam Oniruam naqueles dias mais conhecido como o Pai dos Pobres e Desventurados ou “O Bocó”;

PVVA: Partido Verde da Vergonha Abaronesa que congregava a Senadora Ocirema “a Raivosa” entre outros;

PMDA: Partido do movimento Democratico Abaromes: Que congregava uma importante família de Principes e Barões já a muito desprovidos do Poder, mas que, com a republica tinham por fim, a oportunidade de retornar a vida publica e retomar algumas partículas de poder. Os Nartums.
Existiam é claro outros partidos, que apesar de importantes na construção desse processo democrático de eleição, eram nesse momento coadjuvantes.

A Festa da Decisão de Adnarim

Exatamente trinta dias depois do anuncio e da publicação dos critérios para a escolha do candidato real, que fora chamado de “Decreto do Osac Axup” finalmente estava tudo pronto para a grande e pomposa Festa.

O Castelo estava todo enfeitado com as mais finas ornamentações, foram importadas rosas douradas, elegantes cortinas adornadas com fios de ouro puro e pedras precisas vindas dos mais distantes recantos de Abaram e do Exterior. As comidas típicas de Abaram, os pratos prediletos do Rei Adnarim.

O Próprio Rei foi em pessoa o responsável pela escolha da decoração demonstrando uma sensibilidade antes nunca vista por ninguém e uma delicadeza quase feminina que lembrava a criança franzina e “andrógena” que fora outrora.

O castelo receberia ao nata da nobreza e a grande burguesia ascendente de Abaram e do lado de fora separada por fios de arame farpado decorado com flores de plástico, de fino e bom gosto telões foram instalados, um palco fora montado, muito churrasco e toneis de cerveja distribuídos para o grande publico, ou melhor, para os cidadãos e servos. Esperava-se muita gente, considerando que o próprio Rei havia decretado ponto facultativo em todo os órgãos do reino e liberado o transporte de carruagens populares para que todos pudessem ver e ouvir o grande anuncio.

É claro que, os homens de preto, com cadernos de ponto, estavam estrategicamente postos em guaritas nas entradas do pátio do castelo, de onde confirmariam a presença dos funcionários públicos do reino, ai a gente imagina...

... Ai ai, quem não estivesse presente cairia no chicote real.

Bom, mas isso não em caso, considerando que o chicote era inerente a todo e qualquer cidadão, nobre ou servo, caia todo mundo mesmo. Bastava o chefe estar de mal humor, principalmente quando perdia seus brinquedos.

Enfim...

A festa. Os Arautos reais anunciavam a presença dos nobres e burgueses quando estes adentravam ao salão.

Vinhos finos, bebidas de toda sorte e gosto eram oferecidas acompanhadas de petiscos deliciosos, grupos de barões e burgueses se formavam de acordo com os interesses postos e torciam para que os seus prediletos concorrentes caíssem nas graças do rei.

Meio acabrunhado e com um olhar distante o nosso Príncipe da Produção ostentando um imenso charuto cubano era cumprimentado por simpáticos burgueses aos quais cordialmente retribuía baixando sua cabeça em sinal de respeito.No entanto percebíamos que estava um tanto preocupado. Diziam as más línguas que na semana anterior Macujopi Olati foi convocado por Adnarim juntamente com Emalas Oaoj para assistirem ao filme predileto do Rei, juntamente com seu espelho, toda vez que Adnarim iria sabatinar alguém e cobrar sua fidelidade ele assistia o filme o “ Segredo dos caubóis da Montanha”. Desde esse fatídico episodio o Principe estava afastado das decisões reais.

Conversas, risos, brindes, cenas de ciúme e buchichos invejosos, tinha de tudo dentro e fora do palácio.

Soam as trombetas, o arauto anuncia:
Eis sua Graciosíssima Graça o nosso Amado, Idolatrado Rei Adnarim I nos dá o ar de sua maioral presença.

-todos Baixando a cabeça em posição de sentido estendem o braço esquerdo e dizem em uma Salve, Salve o Rei Adnarim I nosso Trator.

Ostentando um mando Rosa choque adornado com fios de ouro e pedras precisas adentra ao Salão real o pomposo Adnarim, suas vestes eram Brancas com listras azuis, a peruca tradicional na qual era fixada a coroa exibia longas madeixas “loiras”, bom...
...como se diz em bom abaromês “ues o met um adac uc men euq e otsog” e pronto, ninguém podia falar nada mesmo, se não caia na chibata real e assim foi no passado e dizem os céticos, será no futuro.

O Discurso de Adnarim.
O Arauto mais uma vez anuncia:

-Com a palavra nosso Rei:

EDUAS AD OARAB O AIERROC ORDEP ECIV A OTADIDNAC OMOC ODNET EMALAS OAOJ LAIREPMI RODANES O ORIEHNAPMOC UEM O OGIMA UEM O ARES ETSE ONROTER ORUTUF UEM O MOC UETEMORPMOC ES, E MIM A AICNEIVRESBUS, EDADILEDIF UORTSNOMED, OCAS O UOCITSE QUE ELEUQA, OTADIDNAC UEM MISSA . IER O UOS, ODUT UOS, ODUT ED IES UE UEQ MEBAS SIOP SODOT A ARADARGA, AZETREC MOC EUQ, OASICED AHNIM IERAICNUNA ETNEMLANIF EJOH. IHLOCSE OMSEM UE EUQ SOIRETIRC SO ODNUGES IEILAVA EDNO, OAXELFER ADNUFORP ED SOTNEMOM ROP IESSAP EDNO SEM MU SOPÁ, OVOP ODAMA UEM.
...OTIM OHNET E...

Mais uma vez o arauto grita: Uma saúda de palmas ao Rei, ao seu imperial candidato e vice.
Pla, pla pla, pla pla......

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Poesias: - Veia de poeta

Mergulho do pássaro:

Vôo sofrido,
Luto contra o gavião que ronda, me espreitando:
-A vitima.
Rasgo o céu incansável, quero me permitir um ultimo grito.
Livre, dilacero nuvens de algodão doce,
só resta o sabor dessa ultima ilusão...
Liquidar-me,
Cortar-me o peito com um bico afiado:
-Fio de espada.
Nego-me a todo instante,
Renego-me a amar com o coração
e ouvir o sibilar dos anjos vagando no espaço.

A passeata sem rumo

Ouve os apelos!São gritos de uma passeata confusa
De lideres sem esperança,
De gente escura e difusa:
-Pessoas que se batem nas esquinas pedindo esmolas
-Que sofrem coletivamente nas estradas
-Que estão morrendo nas periferias usando drogas
-Que estão nas filas de desempregados mas...
...não tem coragem de fazer a revolução.

domingo, 23 de outubro de 2011

SER VERDADEIRO?

Você sempre faz o que as pessoas querem que faça?

Você sempre faz o que as pessoas esperam que você faça?

O seu comportamento é previsível, as pessoas sempre sabem a sua atitude em relação as situações que se apresentam?

Existem pessoas que conhecem tanto o seu temperamento e sua personalidade, principalmente as suas fraquezas e assim, usam esse conhecimento para terem de você o que querem!

Muitas vezes a gente acha que somos autênticos, que somos verdadeiros e que só fazemos o que queremos. Mas, como a frase acima nos alerta, fiquemos atentos. Se não, acabaremos fazendo aquilo que outros querem achando que é o que nós mesmos queremos.

Sejamos SURPREENDENTES, SEJAMOS NÓS MESMOS.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

QUE FEIO! TEM GOVERNO FAZENDO NOTICIA COM O TRABALHO DOS OUTROS.

O Primeiro corredor de Floresta Plantada/ produtiva do Estado do Pará que vem a partir do município de Paragominas, passando por Ulianopolis, dom Eliseu e chegando a Rondon do Pará foi criado no Governo de Ana Julia Carepa, pela SEMA sendo idealizado pela Unidade Regional de Carajás URE3/SEMA – Marabá e desenvolvido em sincronia com a Diretoria de Florestas da SEMA da Capital na Gestão de Anibal Picanço.
Este projeto foi fundamental para a consolidação do Plantio de Florestas Energeticas e de madeira para laminação cujo objetivo foi e é, atender a demanda de madeira para a produção de compensados e o atendimento da demanda por carvão sustentável das Usinas implantadas no Distrito Industrial de Marabá.
O Sucesso desse projeto oportunizaria certamente a redução da pressão sobre a floresta nativa, dinamizada pela crescente demanda por carvão e madeira. Dados recentes da SEMA demonstram o sucesso esperado do projeto, do qual, tenho orgulho de ter idealizado e executado com o aval e o apoio da Gestão passada.
Durante a gestão de Anibal Picanço a Frente da SEMA e a minha enquanto Gestor regional, criamos vários instrumentos legais para facilitar e priorizar o plantio de florestas neste corredor. Vários desses instrumentos foram absorvidos pelo atual governo, muitos é certo, foram recentemente melhorados, ainda que nos primeiros meses da atual gestão da SEMA o endurecimento no trato com o produtor e o desconhecimento de muitos deles, oportunizassem um travamento na liberação do licenciamento dos plantios durante esse ano o que trará reflexos negativos nos próximos anos, e conseqüentemente, o aumento da pressão sobre a floresta nativa, tendo como resultado o aumento do índice de desmatamento, que segundo dados oficiais, havia apresentado uma pequena queda em 2010.
Outro resultado esperado e atingido foi o crescimento e a dinamização do setor de laminados no corredor, comprovamos o sucesso de nosso projeto observando a implantação da Industria de MDF em Paragominas, o fortalecimento e a agregação de tecnologia das industrias de laminados oportunizando mais emprego e renda nas suas cidades.
É muito fácil para a atual gestão da SEMA e o governo Simão Jatene hoje apresentarem os dados desse avanço, atribuindo a eles mesmos o sucesso da criação do Corredor de Floresta Produtiva com dados dos anos anteriores 2008, 2009, esquecendo-se de 2010, em 2011 os dados demonstram inclusive a queda de plantios e cortes em relação aos da Gestão anterior. No ultimo ano da gestão de Ana Julia e Anibal Picanço foram potencializados ainda maios os plantios.
É facil fazer mídia com o trabalho dos outros, essa pratica é uma máxima dos políticos do nosso estado. Que feio pra Gestão atual da SEMA, que Feio para o Governo. Quem quiser saber mais vejam as noticias vinculados na SITE da SEMA e no Globo Rural.

Vinicius de Morais!


Se você quer ser minha namorada
Ai que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ter
Você tem que me fazer
Um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porque
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem de ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CADÊ VOCÊ?





Meu voto é SIM pra ganhar ou pra perder.

O estado de Carajás, na minha concepção está intimamente ligado ao nosso projeto coletivo de fortalecimento, ao nosso anseio por desenvolvimento, sustentabilidade, justiça social e melhoria de qualidade de vida. É uma concepção ideológica imutável. No entanto, tenho que admitir que esta muito tímida a campanha do sim.


?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Casamento da Princesa

(para Nina e Benedicto)

Como dizia um certo mago “o universo conspira para nos colocar no caminho da felicidade”, eu diria esta frase de maneira diferente. Diria que o universo, que as forças que sustentam o universo conspiram para fazer com que nós sejamos protagonistas ou expectadores de situações e fatos que marcarão pra sempre as nossas vidas, ou simplesmente a historia de um determinado lugar, ou pessoa.
Em uma dessas armadilhas do destino, ou melhor, do universo fui ver uma festa cultural no alto da Serra e presenciei uma das coisas mais interessantes, sinceras e inusitadas que seria digna de um conto de fadas. Principalmente porque envolvia um romance entre uma Princesa e um Conde.
O cenário não era vultosa e imponente catedral da Europa, e nem tão pouco, as testemunhas e convidados eram a nobreza austríaca e/ou a fina flor da sociedade européia. O cenário era algo bem diferente, mas com certeza não perdia em nada para o ouro e a imponência das catedrais góticas ou helênicas do período clássico.
Estávamos no ponto mais alto da Serra dos Martírios/Andorinhas, em um lugar que também possuía uma imponente igreja, mas essa igreja era diferente, diferente porque não foram as mãos de homens que a construíra, e sim, o toque divino de Deus que através dos séculos a moldara. O sopro do vento e a ação da chuva transformaram a rocha solida em uma imensa caverna que possui todas as características de uma grande catedral onde todo ano é realizada a festa do divino da pedra. Esta festa cultural é uma romaria que congrega todos os grupos que festejam o Divino da Pedra e que durante uma semana dirigem-se até a igreja para devotar orações e cânticos a Divindade, ocasião onde são realizadas inúmeras brincadeiras e ritos durante todo o dia e noite.
Nesta época eu trabalhava no Orgão Ambiental do Estado e estava acompanhando as ações da SECTAM voltadas para o município de São Geraldo do Araguaia especificamente para o parque ambiental Serra dos Martirios/andorinhas e me acompanhavam alguns técnicos do órgão, da sagri e da FSA, além dos protagonistas dessa nossa pequena historia.
A caminhada foi penosa e longa, subindo a serra confesso que durante alguns momentos pensei que não ia conseguir pois o desgaste do corpo com os males da ociosidade, do cigarro e o peso da mochila me impunham profundo cansaço. No entanto, algo superior me impulsionava a ir em frente, pois a estonteante beleza do parque e os cenários naturais que se apresentavam ao longo da caminhada nos impelia a seguir em frente, subindo, subindo...
... “No meio do caminho existia uma pedra, existia uma pedra no meio do caminho” o “brejo dos padres” é uma pequena lagoa de águas cristalinas em cuja uma das margens consistia em um paredão de pedra gigantesco, era possível observar que a água brotava da rocha paramos ali para refrescar o corpo e a mente tomando um bom banho em suas águas frias e cristalinas, nossa! Que banho maravilhoso! Minha vontade era ficar ali mesmo e deixar que os outros prosseguissem. Enfim, coloquei-me de pé e segui em frente.
Eu pensava: Porque não aceitei o burro? Subir montado seria bem melhor, logo a seguir deparamo-nos com grupos de rochas e uma vegetação rasteira típicas do cerrado, cada formação lembrava palácios medievais em ruínas, igrejas, casarões europeus no meio do mato. Pequenas cachoeiras brotando a rocha e derramando suas águas em pequenas córregos de água cristalina com leitos de areia fina e branca que lembram as praias do rio Araguaia, cajueiros e outras arvores de pequeno e médio porte quase sem folhas denotavam as características naturais do serrado. Uma ilha em meio a floresta tropical, a serra é quase toda assim, vários ecossistemas distintos em uma pequena extensão de terra.
Finalmente chegamos ao topo, nos deparando com a imensa formação rochosa que era denominada Igreja de Pedra, uma multidão de pessoas com chapeis coloridos e cheios de tiras vermelhas e azuis caracterizavam o festejo, barracas de bebidas, comidas típicas e bandeiras nos lembravam o intuito de nossa jornada. Nosso objetivo era fazer uma campanha de Educação Ambiental para reduzir os riscos e a depredação que vinha acontecendo ao longo dos anos.
Subi ao topo da Igreja, como se estivesse procurando um sino para anunciar a nossa chegada, longe de encontrar o sino olhando ao redor, com medo de perder o equilíbrio e desabar dali sentei e vislumbrei tudo ao redor era possível ver boa parte do Parque dado a altitude, as ilhas de mata nativa, as pequenas porções de serrado, alguns córregos e formações rochosas, uma paisagem surreal no meio da Amazônia, passei ali longos minutos, não queria descer.
Ao descer, circundando a igreja nosso guia, o Zezinho nos apontava algumas pinturas rupestres feitas por caçadores coletores que por ali passavam eram pássaros, animais, gravuras outras que nosso parco conhecimento arqueológico não conseguiram identificar mas que possuíam características diferenciadas que apontavam a possibilidade de aquele local ter para os passantes pré históricos um cunho ritualístico e religioso também.
Ao final do primeiro dia reunimo-nos para conversar e trocar informações sobre as impressões individuais que tivemos ao longo do caminho, foi ai que em meio as falas, Benedicto convidou a todos para a pequena cerimônia de casamento que iria acontecer na noite do dia seguinte com a presença do padre da Igreja de São Geraldo.
Mais tarde conversando com o Zé (o outro Zé) e com o Andre é que fiquei sabendo dos detalhes da situação, Nina e Benedicto, Princesa e Conde foram apoiadores do processo de constituição da FSA – Fundação Serra das Andorinhas desde o seu inicio, nos idos de 85 e já haviam passado muito tempo estudando a área e apoiando o seu processo de preservação que culminaram com a criação do Parque em 1997, pelo Governo do Estado. Mantinham um carinho muito grande pela área e ali fizeram grandes e verdadeiros amigos.
Não era a primeira vez que os via, cerca de um mês antes havíamos realizado um Seminario e uma oficina de trabalho e planejamento voltada para a retomada do trabalho do Estado junto ao parque e ao município, considerando o abandono desde o ato de sua criação.
Embora os conhecendo superficialmente nunca tivemos uma relação mais próxima, eu ouvia muito falar dela, a Princesa! Pelas estórias contadas pelo Noé, pelo Zezinho e pelo Andre. Nina freqüentemente visitava São Geraldo e o Parque, em todas as visitas sua presença era comentada em toda a região. Falavam de sua beleza, de sua simplicidade e de sua paciência em ouvir as pessoas, mas durante a oficina eu a conheci de modo diferente, a conheci como brigona, como ambientalista aguerrida e defensora da natureza, sua experiência no movimento ambientalista já era muito grande, já havia participado de expedições na áfrica e na Oceania, mas era aqui no Pará, mais propriamente na Serra que ela mais se dedicou. Benedicto, pra mim era um ilustre desconhecido, no entanto, foi o que mais que mais se aproximou de mim durante a oficina, segundo ele, tudo que estava acontecendo era porque eu queria, para ele eu havia motivado o Secretario de Meio Ambiente do Estado, o Dr. Emanuel Mattos a retomar as ações no parque.
Na Igreja de Pedra conversamos um pouco mais. Minha impressão sobre os dois era um tanto quanto cheia de etnocentrismos e confesso, um pouco de inveja. Bom, me digam qualquer coisa os que conheceram a Nina, sem mentiras creio que todos éramos apaixonados platonicamente por ela e sonhávamos que a princesa poderia se apaixonar por um plebeu. Ledo engano, a princesa já tinha alguém no coração, alguém que era parecido com ela, que tinha a mesma origem dela, os mesmos anseios e a mesma postura. Foi-se a esperança, foi-se a ilusão. Mas ficou a amizade e o respeito.
Vê-los juntos era como se víssemos as duas faces de uma moeda ao mesmo tempo. – A cara e a coroa do mesmo lado. Ele a deixava conduzir e ela o conduzia sem pressão, sem desmandos e sem cobranças. Perfeitos. Sem contraste ou contradições.
Ao longo do outro dia era difícil vê-los juntos, cada um cuidando daquilo que se propunha a fazer, interagindo um com o outro a distancia, por olhares e sorrisos discretos, como o seu relacionamento no passado. Pelo menos quando estavam trabalhando, não percebíamos nada. Acho que isso é inerente a nobreza européia e o seu senso de racionalidade e descrição publicas.
À noite todos nós acompanhamos as festividades dentro da nossa Igreja Natural, uma pequena imagem do “Jesus recém-nascido” adornada com enfeites e fitas coloridas fora colocada em um altar natural dentro da igreja, um ponto que parecia ter sido feito exclusivamente para receber esta imagem e do outro lado, ou melhor, sentados embaixo e ao redor do altar uma multidão de pessoas cantavam canções do divino acompanhadas por instrumentos rústicos que tornavam a letra quase indecifrável, somente o coro era identificável. Volta e meia alguém saia de seu assento de pedra, corria para subir ao altar para colocar dinheiro junto a imagem e fazer pedidos ao santo. Eu mesmo fui umas quatro vezes, pois toda hora lembrava de pedir alguma coisa. Era simples, lindo e surreal, não tenho palavras pra descrever a cena por completo. Era perfeitamente sentida a presença de algo superior, de Deus naquele lugar, como se estivesse pairando sobre o ambiente e colocando as mãos em todos nós. Simplesmente indescritível. Essa foi uma das minhas experiências com o sobre natural mais profundas e sérias de minha vida. Senti Deus como nunca havia sentido em uma missa ou culto convencionais.
Sem palavras ao final do ritual dirigimo-nos ao nosso local de dormida, por trás da igreja, por incrível que pareça ninguém falou nada e todos dormiram em silencio. Ao raiar do dia, já sem trabalho a fazer, como bom cervejeiro ancorei com o Paulo Autieri, os dois Zes, Marcia e Rosinha em uma das barracas de palha e “da-lhe cana”, bebemos, comemoramos, interagimos com os romeiros e observávamos as brincadeiras e o envolvimento de todos nas festividades.
À noite, por volta das sete horas as amigas Rosinha e Nina deixaram o nosso convívio e foram preparar-se para o casamento, o Padre havia chegado de burro pouco antes e já havia anunciado que o casamento ia acontecer antes da missa de encerramento do festejo. Benedicto, mesmo discreto não escondia sua felicidade. Pouco depois dirigimo-nos todos a igreja, os trajes não eram ternos finos nem pomposos, as mulheres não estavam de vestidos de griffe elaborados por estilistas famosos. Estávamos todos com roupas de aventureiros de exploradores, calça Jeans, camisa surrada e jaqueta multifuncional. Os melhores trajes para a lida no campo e para longas jornadas.
Poucos eram os convidados, não havia musica, não havia nada que lembrasse a pompa das cerimônias reais. Os olhos de todos voltaram-se para a entrada da igreja. A Princesa estava chegando, seu vestido era de chita camponesa e seu véu estava adornado com pequenas flores de cerrado o buque, nunca esquecerei o buque ele não era de rosas ou violetas era uma única flor rústica do cerrado. Nossa!!! Ela estava linda, suas vestes refletiam a beleza da simplicidade que deve marcar os momentos que são eternos.
Os dois se encontraram, o Padre pouco falou e o casamento foi breve, breve porém eterno. Eterno como o amor deve ser e nós todos fomos os coadjuvantes desse momento que está marcado na vida dos dois. E que marcou profundamente a vida de todos nós. Marcou pelo contexto, pela situação, pela abnegação da escolha de Nina e Benedicto, por tornarem pessoas simples do outro lado do mundo deles como participes de sua historia de amor.
Depois da despedida em São Geraldo, nunca mais vi Nina e Benedicto, todas as vezes que eles estiveram na região eu estava fora. Mas gostaria de dizer a ambos que aqueles dias na festa do divino da pedra eu me senti parte da vida deles e de sua historia.

Antonio Rosa

sábado, 15 de outubro de 2011

Folhinha: Valei-me nossa Senhora!

Um dos maiores sucessos musicais da banda “Raimundos” também pode ser considerada uma das maiores verdades já descritas e musicadas sobre o quotidiano de uma mulher, ou melhor, da vida de um casal até que a atriz principal dessa relação chegue a menopausa, na minha singela opinião é “MULHER DE FASES”. Olhe só como é perfeita:

Que mulher ruim
Jogou minhas "coisa" fora
Disse que em sua cama eu não deito mais não
A casa é minha, você que vá embora
Já pra saia da sua mãe e deixa meu colchão

Ela é "pró" na arte de pentelhar e aziar
É campeã do mundo
A raiva era tanta que eu nem reparei que a lua diminuia
A doida tá me beijando há horas
Disse que se for sem eu não quer viver mais não
Me diz, Deus, o que é que eu faço agora?
Se me olhando desse jeito ela me tem na mão
"Meu filho, aguenta.
Quem mandou você gostar
Dessa mulher de fases?"

Complicada e perfeitinha,
Você me apareceu.
Era tudo que eu queria,
Estrela da sorte.
Quando à noite ela surgia,
Meu bem, você cresceu...
Meu namoro é na folhinha,
Mulher de fases.


Não sei se acontece com alguém por ai...
...Mas comigo é um inferno. A TPM – tensão Pré Menstrual e o seu dito período subseqüente corresponde ao que muitos religiosos e filósofos afirmam ser o “inferno na terra”, ou melhor, os dias do “BODE”, como se diz popularmente.
Cara, a minha vontade é sair correndo, gritando, enlouquecer e voltar pra casa segura e confortável de minha amada mãe. No entanto, penso imediatamente nos meus dois filhos (a filhona está morando em Belém fazendo psicologia na UNAMA) e na “sorte” deles durante estes malditos dias, pois sobra pra todo mundo volto pra casa e me conformo.
É incrível como uma personalidade pode mudar de forma tão drástica durante um período tão curto de tempo e logo depois retornar ao estado inicial dissimuladamente como se nada tivesse acontecido! – infelizmente, já não tenho mais paciência para me debruçar nos livros e/ou me pegar gastando parte do meu tempo tentando entender esta situação em um ponto de vista ou num caráter cientifico. Assim, Prefiro não falar nada, evitar o confronto natural e inerente ao período, dando um tempo, para que o tempo passe da forma mais rápida possível.
Meu! São os mínimos detalhes da casa, do jeito de se vestir, de organizar o espaço tudo Poe motivar um confornto, podem gerar uma guerra sem tamanho, e como diz a nada cientifica musica acima citada:

“Que mulher ruim
Jogou minhas "coisa" fora
Disse que em sua cama eu não deito mais não
A casa é minha, você que vá embora
Já pra saia da sua mãe e deixa meu colchão”



Mas a resposta vem logo a seguir, mamãe responde:

"Meu filho, aguenta.
Quem mandou você gostar
Dessa mulher de fases?"


Assim companheiros, vitimas dos abusos e reações das suas mulheres, namoradas, companheiras, irmãs etc. tenham paciência! Evitem qualquer tipo de insinuação de controvérsia. Prefiram não falar nada. Entrem mudos e saiam calados. Esta é certamente a melhor estratégia, pois consequentemente sobrará para a empregada, para a babá ou mesmo para aquele sujeito que você espertamente contratou pra limpar o quintal.
Saia pra beber cerveja, leve os filhos pra casa da Avó (qualquer uma delas) e seja feliz.

O Diário do Pará informa:


Licenças em até 40 dias, promete Sema

Sábado, 15/10/2011, 05:57:48

O licenciamento para manejo florestal e supressão vegetal passou, desde ontem, a ser simplificado no Pará. É o que estabelece nova resolução da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), publicada no Diário Oficial do Estado. A proposta, que tem a parceria de várias entidades ligadas ao setor, a exemplo da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Secretaria de Agricultura (Sagri), Federação de Agricultura e Pecuária (Faepa) e Instituto de Divulgação da Amazônia (Ida), foi pensada inicialmente por conta dos pequenos extrativistas de madeira, que atuam de forma individual ou comunitária, nas áreas de várzeas ou às margens dos rios.

Para eles, o manejo florestal é uma importante fonte de renda, e em virtude das condições diferenciadas em que se encontram, é interesse do Estado simplificar ao máximo, dentro da legalidade, o licenciamento dessas atividades.

De acordo com o diretor de Gestão Florestal da Sema, Otávio Chaves, as dificuldades enfrentadas pelo órgão - como perda de técnicos e reanálise de processos da diretoria - estão aos poucos sendo superadas. “A primeira delas será resolvida com o concurso que a Sema fará em poucos meses, e as demais serão sanadas com o novo decreto, que desburocratiza os procedimentos na secretaria. Isso quer dizer que se os projetos apresentarem os documentos necessários e corretos, são liberados num prazo médio de 40 dias”, informou Chaves.

O licenciamento atual de atividades da Agenda Verde indica, claramente, que apesar das dificuldades, a liberação de madeira em tora ao mercado irá suplantar, até o final do ano, em mais de 70% a média dos anos anteriores, excluindo 2010, e deverá superar os 2,5 milhões de metros cúbicos de produtos florestais. Até o final de 2011, mais de 200 Licenças de Atividades Rural (Lar) e Autorizações de Exploração Florestal (Autefs) terão sido analisadas no Pará.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ESTÃO DIZENDO POR AI QUE TEM MUTRETA!!!

Estão dizendo por ai que ultimamente é preciso de muito joelho no chão pra se ter alguma coisa aprovada na SEMA da capital de nosso, ainda querido, Estado do Pará.
Bom...
Essa verdade é apenas para alguns, pelo menos é o que alguns consultores estão falando, considerando as evidências comprovadas no próprio SITE da SEMA:

A Argumentação é que existem projetos de manejo florestal que estão sendo analisados desde 2009, outros desde 2010, e nunca sairam. No entanto, outros, como por exemplo, o processo n 23063/2011, protocolado em 10/08/2011 e liberado em 03 de outubro de 2011. Neste projeto liberado pelo Sr. Walmir Carneiro Corumbá e pelo Otavio Augusto Chaves (AUTEF 1697/2011), o mais interessante é que o volume total em metros cúbicos é de 83.636,2730 de madeira, dos quais, por incrível que pareça 42.000,7075 metros cúbicos são de maçaranduba. Praticamente a metade do volume liberado.
NOSSA MÃE... é maçaranduba demais...
Dizem os Consultores que é Impossível.

Bom...
MISTÉRIO....



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Abaram de Cabeça pra Baixo

Por: Benedicto Arueira Neto



O povo dividiu-se, ninguém acreditava... nunca foi vendido tanto jornal em toda historia de Abaram, mas era clara a vontade e a astucia do Imperador, que já imaginava que Adnarim nunca cumpriria sua palavra e que ao chegar em Abaram, ao ser coroado, cuspiria certamente, no prato que havia comido. Uma pratica alias, que era bastante peculiar em sua família. afinal : “Ohlif o lat iap lat” como já dizia outro belo ditado em Abaramês.

- Meu Deus...
-Sacanagem, putaria, golpe, maldição...

Era só o que se ouvia nos corredores do Palácio do Governo, mas o fato é que os expurgos continuaram, o primeiro expurgado foi Asor Irucaf o Barão reflorestador, seguido por outros de quem não me recordo o nome, o mais interessante no que diz respeito a este Barão foi o fato de o mesmo ter sofrido com tanta ingratidão sua demissão, pois havia resolvido dois, dos principais problemas que afligiam o reinado de Adnarim.
Pois sim, vejamos quais foram esses problemas: O primeiro dizia respeito ao Aterro Sanitário, embora a contragosto, pois sabia que a área adquirida por Adnarim não era propicia a deposição de resíduos de qualquer espécie pela sua proximidade de um dos principais rios que circundavam o reino e pelo fato de sua característica geológica ser denominada de planície de inundação com rios entrelaçados. Ainda assim, o Jovem Barão conseguira efetivar o devido licenciamento da área com a apresentação de um projeto inovador que bem gerenciado tornaria possível a redução dos riscos de contaminação desse manacial; já o segundo foi o desembargo da construção da Orla real, um ousado projeto de Adnarim que havia sido embargado pelo AMABI imperial. Sozinho, o jovem conseguiu produzir os elementos que deram condições para subsidiar a defesa apresentada a Câmara Judicial Imperial o que motivou o seu conseqüente desembargo. Nesta ocasião o Jovem recebeu o obscuro titulo de “Lord Dark Vader” promulgado pela procuradoria do reino de Abaram, que à época era presidida pelo Barão Senun Solrac.

A principal angustia de Adnarim não era o fato de não poder ser o candidato, mesmo com sua popularidade. E sim o ego machucado por não poder ser o 1º Presidente. Adnarim era um menino recalcado na infância, sempre perdia os jogos que participava, seja peteca “agap ...”, seja futebol, vôlei etc. sempre era o segundo.

Não obstante o seu complexo infantil de inferioridade, alvo de muito dinheiro gasto com analise psiquiátrica, e a sua substituição na fase adulta por outro “real” complexo, o de superioridade. Para Adnarim era inconcebível que, após todos esses anos de muito trabalho e esforço, tenham literalmente, lhe passado a perna. O Ambicioso Rei acreditava que todos tinham por obrigação entender sua condição de arrogante e inescrupuloso ponderando-as com as suas qualidades de construtor.

Mas o fato é que Adnarim teria que construir um nome para substituí-lo, alguém que pudesse servir-lhe realmente. Esse substituto deveria ser alguém que garantisse, entre outras coisas, as condições necessárias para o seu retorno mesmo que esse retorno o fizesse retomar o complexo de inferioridade de criança.

Construir um sucessor era uma tarefa bastante difícil considerando a postura de nosso Rei pois implicava na situação de ter que relacionar-se com os demais segmentos da sociedade de Abaram, implicava no fato de ter que sorrir, de ter que procurar os demais agentes políticos sejam eles Barões, Marqueses, lideranças de classe enfim toda sorte de pessoas que Adnarim repudiava, não era simplesmente escolher um novo empregado, um novo subalterno para humilhar sempre que se fizesse necessário para amaciar o seu ego “superior”.

Era costume de Adnarim, passar longas horas brincando com um espelho, narciso e vaidoso como ele era difícil, dizem as más línguas que boa parte de suas idéias surgiam nestes momentos. Bom! isso eu não posso afirmar se é ou não verdade. Mas o fato foi, que nesse caso especifico, num piscar de olhos, numa brincadeira fútil entre nosso “Odiamado” Rei e seu real espelho que Ele teve uma idéia brilhante!!!!!

- Dona Adicerapa, Dona Adicerapa convoque todos os meus Assessores, Barões, os empresários mais ligados, minha família e os meus senadores, vou fazer um pronunciamento importante hoje! (exclama Adinarim exaltado).

Poucos minutos depois muitas carruagens começam a estacionar em frente ao Palácio real, os pomposos subalternos vão adentrando ao palácio um a um, tomando assento no auditório. Ao adentrar no auditório, esboçando um largo sorriso nosso “Odiamado” Rei foi logo se antecipando as reverencias de seus súditos dizendo:
- Podem ficar sentadinhos meus queridos hoje é um dia de grande festa. Finalmente decidi como acontecerá a escolha de meu candidato a Presidência de nosso crescente reino neste momento histórico de transição.
Todos admirados e atônitos exclamaram em una voz:
- O Admirado trator, isto é, Senhor que brilhante decisão tomaste?
Adnarim então responde:
- Entre vocês será escolhido um Candidato, e este será escolhido por mim logicamente, em exatamente um mês, partindo de três condições reais.

1) Quem for quase tão bonito quanto eu;
2) Quem me for mais fiel e prestativo;
3) E Finalmente, quem ao longo de um mês conseguir passar mais tempo comigo no palácio.

Continuando seu real pronunciamento, Adnarim sentencia que – “Dentro de exatamente um mês terei minha decisão final que será anunciada em uma grande festa onde o sagrarei candidato da Situação. Como vice – presidente de qualquer um escolhido de ante mão determino que seja o nosso Barão da Saúde Acordep o meu mais caro subalterno”.

Pandemonium total... Salve o Rei, Vivas ao Rei, foi um corre-corre geral todo mundo queria ficar perto dele e ele se esquivava, corria e se escondia feito criança brincando de esconde-esconde.
Meu Reiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, meu Reiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, cadê o Senhoooor, Tratorzinho lindinho cadê.....
O Rei respondia: - Olha ele aqui.... e ria... ria... ria... Gargalhava...

Diga-se de passagem, que mês difícil... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

No entanto, caros leitores, como era de se esperar outra surpresa aguardava nosso pomposo “odiamado” Rei. O Nosso senador ex-regente, que havia adquirido enorme popularidade junto a população lança-se candidato a Presidente e inicia sua jornada.

Ao saber do ato Adnarim não ficou surpreso apenas disse em alto e bom som abaramês:

- “Oicalap uem ed Eder an odatied etsop mu regele ossop ue”.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

ABARAM NAS MÃOS DO REGENTE

Por Benedicto Arrueira Neto

O Regente torna-se tão popular que o exilado Adnarim viu-se ameaçado, afinal, seu plano consistia em retornar do exílio como um possível candidato a Presidencia de Abaram, considerando que proclamar a republica era tarefa agora do tal Regente, diga-se de passagem, escolhido por ele, e que cuja popularidade crescia ameaçando, logicamente, o seu plano.
Assim, partiu nosso exilado rei para uma ofensiva bastante dura, com poderosas cartas (dinheiro) escondidas embaixo da manga, Adnarim recorreu de sua deposição às instancias superiores do império, buscando o apoio do Imperador e do senado imperial.
Nosso Regente, percebendo que não poderia lutar contra o Imperador e ainda contra o Senado Imperial, inusitadamente abraçou uma estratégia interessante e certamente inteligente. Esta estratégia estava pautada em esconder sua ambição pessoal e mostrar a todas as classes do Reino que ele nada mais era, do que um fiel serviçal do Rei deposto, imputando-lhe as honras e os méritos de todos os benefícios que tornaram Abaram nos últimos anos, um reino forte e consistente.
Dizia ao Senado do Reino, aos empresários e ao povo que o caminho do desenvolvimento de Abaram, o fortalecimento de sua condição de reino prospero e politicamente forte junto ao Império só foi possível através da postura forte, firme e inteligente de Adnarim.
Bem orientado e articulado com os Senadores de sua base política, criou o Movimento de Apoio ao Rei Deposto, com o intuito de fortalecer o discurso de Adnarim junto ao Império. E para credibilizar ainda mais o Discurso do atordoado Adnarim que, a nosso ver, teve que engolir a parceria do Regente a contra gosto, pois foi justamente através da popularidade do Regente que todos embarcaram nesta carruagem (situação e oposição bem como os anarquistas).
Durante os sucessivos meses da administração do Simpático Regente o movimento crescia, crescia e espantava a todos. O MARFODA, como era chamado chegou a colocar quase 100.000 pessoas na rua clamando o retorno de Adnarim. Ao perceber que a situação era de grande importância para o império e que Adnarim poderia vir a se tornar um importante aliado do Imperador contra os exércitos vermelhos que cercavam o Império, o Senado Imperial tomou a importante decisão de conduzir novamente Adnarim à condição de Rei de Abaram.
Desta forma fora definido que sua nova Coroação aconteceria uma semana após a decisão final do Senado Imperial.
Para recepcionar o Rei Adnarim que imediatamente dirigiu-se a Abaram, O quase ex-regente articulou uma grande recepção com direito a palanque, discurso e tal. Todos esperavam que o Rei demonstrasse, pelo menos, um pouco de gratidão a todos e que ele esquecesse as suas ameaças de retaliação. Que ao retornar o Rei tivesse adquirido um pouco de humildade considerando as agruras do período que ficou sem poder. No entanto...
...Como diziam alguns céticos que de longe acompanhavam todo o processo sem tomar partido ou posição: “Deve-se fazer o bem, não importa a quem, mas não espere nada em troca”, ou melhor, como se diz em Abaramês bem claro: “ Rovaf nuhnen ier od erepse oan “. Assim foi. O Rei e sua comitiva passaram pela concentração do movimento, sem oportunizar nenhum aceno, nenhum gesto nada absolutamente nada. As bandeiras agitadas, os gritos de Salve Adnarim – O trator, Viva o Rei, o Rei retornou ficaram para trás com uma rapidez incrível (parece até que turbinaram as carruagens).
Um manto negro se estendeu pelo reino, o sol poente perdeu-se na escuridão...
...Nada de poente de fogo. O pior: - nada de GRATIDÃO!
Ao falar de sua vitoria após a coroação Adnarim concedeu entrevista para os veículos de comunicação. O Rei Tirano, ingrato como sempre, disse que o Movimento (MARFODA mais parecido agora com ME FODA Adnarim) atrapalhou por demais as negociações de seu retorno, que ele deve tudo aos grandes Advogados e oradores que contratou na capital do Imperio, que o próprio imperador lavou as mãos no seu caso, imitando inclusive o gesto de Pilatos e principalmente estava de volta ao reino com a mesma austeridade e princípios com os quais fora deposto e que o TRATOR esta de volta mais duro que nunca.

Epilogo:

Uma semana antes de Adnarim ser reconduzido ao trono de Abaram, em terreno neutro, na fronteira do reino de Abaram com a Capital do Império, duas imponentes figuras descem de suas carruagens reais ostentando manto e capuz para esconder seus rostos de poucos agricultores que, de longe, observavam temerosos a movimentação.
Trocaram palavras e gestos por alguns minutos, tendo o mais baixo entregue ao outro um pergaminho selado com o brasão imperial, afastando-se mutuamente em direções opostas.


O GOLPE DE MESTRE DO IMPERADOR


Eis a surpresa estampada em todos os jornais de Abaram e do Império um dia após a coroação de Adnarim:

Por decreto imperial fica estabelecido que:
Por determinação e zelo fica estabelecido que nenhum rei ou regente submetido ao Império do Grão Pará, que esteja ocupando a Gestão de qualquer Reino na fase de transição Política para a condição de Republica poderá concorrer a condição de Presidente na primeira eleição.
Al Enetaj Oamis – Imperador do Grão Pará

Motivado pela desconfiança natural de sua estirpe e origem, o imperador que conhecia Adnarim melhor que qualquer outro, uma vez que ele mesmo já havia sido traído pelo nosso pequeno e desprezível Rei Tirano em vários outros momentos no passado, em um instante qualquer entre a decisão de reconduzir Adnarim ao Trono e a sua eventual Coroação. O imperador encontrou-se com o ex-Regente e passou-lhe a Arma mais sutil e Poderosa que nossa vã imaginação poderia criar. A arma que só poderia ser usada após a coroação de Adnarim, quando este estivesse se sentindo seguro de sua condição imutável, quando esse estivesse se achando intocável e finalmente quando este demonstrasse publicamente a sua ingratidão ao imperador e ao MARFODA.

O resultado dessa novidade foi ouvido aos quatro cantos do reino de Abaram:

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOO


Mas o final da historia fica para o próximo capitulo: REPUBLICA E ELEIÇÃO

domingo, 2 de outubro de 2011

Vamos ajudar o nosso melhor Cartunista.

Ao ler esta postagem no blog do Ribamar fiz questão de publica-la, se possivel vamos todos colaborar com o nosso amigo Rildo Brasil.


Caros amigos do orkut, emails (internet) e da vida real. A partir de agora gostaria que lessem com atenção esse meu pequeno relato.
Fico até triste em saber a que ponto cheguei para poder me curar, mas tenho que fazer algo se eu quiser continuar vivendo.
E relutei muito para não levar isto a público, mas não tenho outra alternativa.
Passei alguns anos sofrendo com um cálculo renal, não liguei muito para isso não, continuei vivendo. O tempo foi passando, passando e eu nem aí. Agora, passados alguns anos estou numa situação complicada ao ponto de sentir dores todos os dias, estou a base de remédios fortíssimos por conta de tanta dor. Para se ter uma ideia nem o buscopan não faz mais efeito. Fiz exames em Teresina (PI),e por último nesse mês passado em Belém do Pará. Todos os médicos me disseram a mesma coisa. Tem que ser feito uma cirurgia.
A cirurgia que será feita não é a de corte, pois ela não é indicada nesse caso, tenho que fazer uma que é usada um cateter pelo ureter até chegar ao cálculo, depois ele é triturado e descera normalmente protegido por uma mangueirinha. O pior, não é realizado pelo SUS, por isso, eu não tenho condições de fazer, e se fosse teria que entrar numa fila imensa, acontece que eu não tenho tempo para esperar, ao ponto de me causar mais danos. A mesma custa 10 mil reais particular.
Os cálculos renais são em número de 3, um no rim esquerdo e dois, os maiores no rim direito, um de 2.8cm, quase 3 cm e o outro 1.6cm, estão muito grandes para ser retirado com o laser.
A cirurgia, a última que citei, saio do hospital em 2 dias no máximo e recuperação 2 semanas sem danos nenhum. A de corte uns 7 dias no hospital, 40 dias ou mais de recuperação e ainda me deixará com uma cicatriz um pouco grande.
Diante desse relato venho de público, pedir aos verdadeiros amigos que me ajudem com qualquer valor para que eu possa salvar meus rins e conseqüentemente, salvar minha vida.

Se puder, repassem a seus amigos que com certeza ajuadrão seu amigo.
Obs.: A imprensa de Marabá já está organizando um torneio de futebol em meu favor, um amigo está bolando uma festa beneficente.
Os interessados em me ajudar depositem qualquer valor em minhas contas:
Banco do Brasil, Ag. 4222-6, Conta corrente: 47.251-4
Banco Itaú: Ag.: 0946, Conta corrente: 29215-8
Grato
Rildo Brasil
Cartunista e Artista plástico