"Vencemos o rio, transpusemos as cachoeiras, navegamos o impossível, vasculhamos o leito rochoso à procura de gemas preciosas.
Extraímos o cristal, garimpamos o ouro. Penetramos nas matas, subjugamos a natureza, rasgamos estradas, transformamos o ambiente, criamos o boi e plantamos a riqueza. Extraímos o caucho e colhemos a castanha. Vencemos batalhas contra doenças, as febres, as pragas, as adversidades que eram grandes. Tudo sem anúncios, sem alardes, sem trombetas.
Depois vieram os outros, brasileiros também, mas a luta maior, a batalha principal estava vencida, a natureza domada.
Agora, somemos todos na multiplicação da riqueza, na expansão do bem comum, na busca de melhores dias nesta terra de lindas praias, de manhãs de luz e POENTES DE FOGO".
(Raymundo Rosa, Noticias de Marabá junho de 1974)
Em 1974, meu avô, Raymundo Rosa, escreveu este belo poema (na minha visão um poema épico). Creio que, enquanto escrevia, pensava na labuta e no sofrimento de homens que, como ele, fincaram aqui suas bandeiras. Foram Libaneses, Maranhenses, goianos. Nossa! -origens Mil- nossa terra, ou melhor, nossa gente, através de nossos representantes certamente não lembra de todos eles e, tão pouco, conhecem nossa historia.
O Poema é muito atual, a necessidade de expandir a fronteira, apropriar-se da Amazónia que sempre foi muito cobiçada, uma necessidade.
O Poema nos diz hoje: Vamos olhar as nossas casas com a visão de donos. elas são nossas. A Amazônia é do povo brasileiro, e a parte dela que nos cabe, é nossa. Chega de deixar que a visão etnocentrica dos outros queira nos ensinar o que fazer da nossa casa, da nossa Amazônia.
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