quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Poesias: - Veia de poeta

Mergulho do pássaro:

Vôo sofrido,
Luto contra o gavião que ronda, me espreitando:
-A vitima.
Rasgo o céu incansável, quero me permitir um ultimo grito.
Livre, dilacero nuvens de algodão doce,
só resta o sabor dessa ultima ilusão...
Liquidar-me,
Cortar-me o peito com um bico afiado:
-Fio de espada.
Nego-me a todo instante,
Renego-me a amar com o coração
e ouvir o sibilar dos anjos vagando no espaço.

A passeata sem rumo

Ouve os apelos!São gritos de uma passeata confusa
De lideres sem esperança,
De gente escura e difusa:
-Pessoas que se batem nas esquinas pedindo esmolas
-Que sofrem coletivamente nas estradas
-Que estão morrendo nas periferias usando drogas
-Que estão nas filas de desempregados mas...
...não tem coragem de fazer a revolução.

Um comentário: